Em 2004 foi homenageado pelo mestre americano Frank Frazetta com uma foto autografada segurando um retrato que o havia presenteado.
Em 2003 realizou em parceria com o artista Vitor Ishimura (lápis) diversas capas de jogos de RPG para a editora inglesa Mongoose. Em 2005 ilustrou 8 páginas da radical história em quadrinhos "So Intense" para a revista Cryptic Magazine da editora americana Dead Dog Comics, que foi um sucesso de público e no mesmo ano expôs 15 obras na badalada casa noturna Casa da Matriz e também no mega festival de tatuagem Tattoozone rio festival. A arte fantástica e as tatuagens permeiam o artista desde pequeno, sendo efetivamente apresentado ao universo dos tatuadores há alguns anos pelas mãos do amigo tatuador Leonardo Novaes. Desde que começou a colocar em quadros suas fantasias e "loucuras", já se vão mais de 300 quadros em diversas técnicas sendo a acrílica o seu carro chefe.
Origem: Site do ilustrador.
GRUFT: Quais são suas influências?
Celso Mathias: Rembrandt me ensinou o que é luz e sombra, Norman Rockwell a composição e o grande divisor de águas do meu trabalho, Frank Frazetta, me ensinou que podemos pegar os velhos mestres e trabalhá-los de uma maneira mais moderna.
Celso Mathias : Trabalhei muitos anos com tinta à óleo ( não existe nada igual ), mas por motivo de toxicidade ( eu estava ficando viciado em chumbo e cromo ) - (risos). Mudei há uns 10 anos pra tinta acrílica. A princípio uma técnica muito complicada mas aos poucos quando se consegue dominá-la se torna uma técnica extraordinária com variedades enormes de texturas. Trabalho também com aquarela, pastel, etc. O legal é estar sempre descobrindo texturas e efeitos novos.
GRUFT: Poderia dar um resumo rápido de sua carreira?
Celso Mathias : Sou artista plástico profissional há mais de 25 anos, começei a minha trajetória colaborando com histórias em quadrinhos para a extinta editora Vechi. Não demorou muito e ingressei no circuito de galerias de arte. Com 18 anos já expunha meus trabalhos ao lado de pintores consagrados. Passei a fazer parte de acervos importantes de colecionadores brasileiros. Com meu temperamento inquieto, abri os braços de minha arte para a publicidade e caricaturas. Trabalhei e ainda trabalho em campanhas publicitárias (biscoitos Trakinas, biscoitos Clube Social, Castrol, etc) e para grandes agências como Giovanni FCB , Ogilvy & Mather e CGCOM GLOBO fazendo storyboards, animatics e ilustrações hiper-realistas. Nas caricaturas ingressei há 8 anos ganhei prêmios importantes no circuito de salões de humor. Sou um artista multi-mídia.
Em 2004 fui homenageado pelo mestre americano Frank Frazetta com uma foto autografada segurando um retrato que o havia o presenteado.
Em 2003 realizei em parceria com o artista Vitor Ishimura (lápis) diversas capas de jogos de RPG para a editora inglesa Mongoose. Em 2005 ilustrei 8 páginas da radical história em quadrinhos "So Intense" para a revista Cryptic Magazine da editora americana Dead Dog Comics, que foi um sucesso de público e no mesmo ano expus 15 obras na badalada casa noturna Casa da Matriz e também no mega festival de tatuagem Tattoozone rio festival. A arte fantástica e as tatuagens me permeiam desde pequeno, fui efetivamente apresentado ao universo dos tatuadores há alguns anos pelas mãos do amigo tatuador Leonardo Novaes. Desde que comecei a colocar em quadros minhas fantasias e "loucuras", já se vão mais de 300 quadros em diversas técnicas sendo a acrílica o carro chefe.
Estou aberto para a minha arte e vivo apenas dela há longos anos. Quero ser sempre um artista de muitos braços e estar sempre antenado com a minha contemporaneidade.
Tentar focar em um só objetivo, mesmo que você goste de fazer várias coisas dentro das artes. Ser multimídia é muito cansativo e você acaba tendo que articular várias coisas ao mesmo tempo. Se a pessoa quer ser desenhista de HQ, foque neste mercado e em um objetivo e vá em frente. Infelizmente por motivos financeiros o artista se vê muitas das vezes tendo que pegar "freelas"( trabalho free-lancer) pra complementar o orçamento, mas nunca desistir do foco de seu objetivo.
Celso Mathias : Por dois motivos: Cultural e financeiro. A grande maioria dos projetos e grandes indústrias de quadrinhos ou arte fantástica naufragaram por esses dois fatores.
Quem compra quadrinhos adulto e de boa qualidade é a galera de 30 pra cima, que tem grana pra bancar bons títulos, europeus de preferência.
Pra grande maioria da população brasileira, quadrinhos é " Turma da Mônica".Nos anos 70 e 80 existiam duas grandes editoras no Brasil, Brasil América( EBAL) e VECHI. Fecharam! A maioria( 99%) dos artistas que eu conheço estão no mercado americano e europeu. Acho que a mudança vai se dar à medida que empresários começarem a bancar os nossos artistas com qualidade. Podemos fazer álbuns tão bons ou melhores que os europeus. Isso começou a acontecer com os artistas dos cartuns ( Angeli,Nani,etc.). Eles estão lançando álbuns maravilhosos na qualidade e conceito.
Celso Mathias : Todo artista pensa em lançar um livro com seus trabalhos. Você ter um site ou um portfólio em CD, é legal e importante em nível de mercado, mas um livro é um livro.
Cada dia é uma descoberta diferente, seja na técnica ou no conceito.
Celso Mathias : Cada estilo tem a sua beleza. Atualmente estou me voltando mais pro desenho gestual (grafite e pastel), você acaba soltando mais a mão e deixando mais exposto a sua atitude diante de uma idéia. A pintura te possibilita isso, mas nunca do jeito que um lápis, seja grafite ou pastel. Já são dez anos trabalhando praticamente todos os dias com a acrílica e é preciso respirar um pouco outros ares. Vinha fazendo isso espontaneamente com outras técnicas, mas agora estou realmente descobrindo um novo mundo.
Celso Mathias : Como falei acima, editar um livro contando um pouco as minhas experiências como ilustrador e com portfólio. Estou à procura de um editor que compre a idéia. Estou preparando uma exposição de caricaturas talvez pra esse ano ainda e outros projetos que são segredos de "estado". (risos)
Gruft: Celso, não posso deixar de te perguntar: Este planeta tem solução?
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