domingo, 2 de dezembro de 2007

Celso Mathias

Artista plástico profissional há mais de 25 anos, começou a sua trajetória colaborando com histórias em quadrinhos para a extinta editora Vechi. Não demorou muito a ingressar no circuito de galerias de arte. Com 18 anos já expunha seus trabalhos ao lado de pintores consagrados. Passou a fazer parte de acervos importantes de colecionadores brasileiros. Com seu temperamento inquieto, abriu os braços de sua arte para a publicidade e caricaturas. Trabalhou em campanhas vencedoras: biscoitos Trakinas, biscoitos Clube Social, Castrol, etc, e para grandes agências de publicidade como Giovanni FCB e Ogilvy & Mather, fazendo storyboards, animatics e ilustrações hiper-realistas. Nas caricaturas ingressou há 8 anos ganhando prêmios importantes no circuito de salões de humor. Celso Mathias é um artista multi-mídia.


Em 2004 foi homenageado pelo mestre americano Frank Frazetta com uma foto autografada segurando um retrato que o havia presenteado.

Em 2003 realizou em parceria com o artista Vitor Ishimura (lápis) diversas capas de jogos de RPG para a editora inglesa Mongoose. Em 2005 ilustrou 8 páginas da radical história em quadrinhos "So Intense" para a revista Cryptic Magazine da editora americana Dead Dog Comics, que foi um sucesso de público e no mesmo ano expôs 15 obras na badalada casa noturna Casa da Matriz e também no mega festival de tatuagem Tattoozone rio festival. A arte fantástica e as tatuagens permeiam o artista desde pequeno, sendo efetivamente apresentado ao universo dos tatuadores há alguns anos pelas mãos do amigo tatuador Leonardo Novaes. Desde que começou a colocar em quadros suas fantasias e "loucuras", já se vão mais de 300 quadros em diversas técnicas sendo a acrílica o seu carro chefe.

Origem: Site do ilustrador.

GRUFT: Quais são suas influências?

Celso Mathias: Rembrandt me ensinou o que é luz e sombra, Norman Rockwell a composição e o grande divisor de águas do meu trabalho, Frank Frazetta, me ensinou que podemos pegar os velhos mestres e trabalhá-los de uma maneira mais moderna.

GRUFT: Com qual material você costuma gostar mais de trabalhar?

Celso Mathias : Trabalhei muitos anos com tinta à óleo ( não existe nada igual ), mas por motivo de toxicidade ( eu estava ficando viciado em chumbo e cromo ) - (risos). Mudei há uns 10 anos pra tinta acrílica. A princípio uma técnica muito complicada mas aos poucos quando se consegue dominá-la se torna uma técnica extraordinária com variedades enormes de texturas. Trabalho também com aquarela, pastel, etc. O legal é estar sempre descobrindo texturas e efeitos novos.

GRUFT: Poderia dar um resumo rápido de sua carreira?

Celso Mathias : Sou artista plástico profissional há mais de 25 anos, começei a minha trajetória colaborando com histórias em quadrinhos para a extinta editora Vechi. Não demorou muito e ingressei no circuito de galerias de arte. Com 18 anos já expunha meus trabalhos ao lado de pintores consagrados. Passei a fazer parte de acervos importantes de colecionadores brasileiros. Com meu temperamento inquieto, abri os braços de minha arte para a publicidade e caricaturas. Trabalhei e ainda trabalho em campanhas publicitárias (biscoitos Trakinas, biscoitos Clube Social, Castrol, etc) e para grandes agências como Giovanni FCB , Ogilvy & Mather e CGCOM GLOBO fazendo storyboards, animatics e ilustrações hiper-realistas. Nas caricaturas ingressei há 8 anos ganhei prêmios importantes no circuito de salões de humor. Sou um artista multi-mídia.

Em 2004 fui homenageado pelo mestre americano Frank Frazetta com uma foto autografada segurando um retrato que o havia o presenteado.
Em 2003 realizei em parceria com o artista Vitor Ishimura (lápis) diversas capas de jogos de RPG para a editora inglesa Mongoose. Em 2005 ilustrei 8 páginas da radical história em quadrinhos "So Intense" para a revista Cryptic Magazine da editora americana Dead Dog Comics, que foi um sucesso de público e no mesmo ano expus 15 obras na badalada casa noturna Casa da Matriz e também no mega festival de tatuagem Tattoozone rio festival. A arte fantástica e as tatuagens me permeiam desde pequeno, fui efetivamente apresentado ao universo dos tatuadores há alguns anos pelas mãos do amigo tatuador Leonardo Novaes. Desde que comecei a colocar em quadros minhas fantasias e "loucuras", já se vão mais de 300 quadros em diversas técnicas sendo a acrílica o carro chefe.

Estou aberto para a minha arte e vivo apenas dela há longos anos. Quero ser sempre um artista de muitos braços e estar sempre antenado com a minha contemporaneidade.


GRUFT : O que você recomendaria a quem está tentando entrar neste trabalho agora?

Celso Mathias : Primeiramente aprender inglês. Isso vai te dar uma conexão com tudo que está acontecendo no mundo em matéria de artes.
Tentar focar em um só objetivo, mesmo que você goste de fazer várias coisas dentro das artes. Ser multimídia é muito cansativo e você acaba tendo que articular várias coisas ao mesmo tempo. Se a pessoa quer ser desenhista de HQ, foque neste mercado e em um objetivo e vá em frente. Infelizmente por motivos financeiros o artista se vê muitas das vezes tendo que pegar "freelas"( trabalho free-lancer) pra complementar o orçamento, mas nunca desistir do foco de seu objetivo.

GRUFT : Por que este tipo de arte não alavanca de vez em nosso país? O que se pode fazer para mudar isso?

Celso Mathias : Por dois motivos: Cultural e financeiro. A grande maioria dos projetos e grandes indústrias de quadrinhos ou arte fantástica naufragaram por esses dois fatores.
Quem compra quadrinhos adulto e de boa qualidade é a galera de 30 pra cima, que tem grana pra bancar bons títulos, europeus de preferência.
Pra grande maioria da população brasileira, quadrinhos é " Turma da Mônica".Nos anos 70 e 80 existiam duas grandes editoras no Brasil, Brasil América( EBAL) e VECHI. Fecharam! A maioria( 99%) dos artistas que eu conheço estão no mercado americano e europeu. Acho que a mudança vai se dar à medida que empresários começarem a bancar os nossos artistas com qualidade. Podemos fazer álbuns tão bons ou melhores que os europeus. Isso começou a acontecer com os artistas dos cartuns ( Angeli,Nani,etc.). Eles estão lançando álbuns maravilhosos na qualidade e conceito.

GRUFT : Há algo que você ainda não fez e gostaria de fazer como ilustrador, cartunista ou desenhista?

Celso Mathias : Todo artista pensa em lançar um livro com seus trabalhos. Você ter um site ou um portfólio em CD, é legal e importante em nível de mercado, mas um livro é um livro.
Cada dia é uma descoberta diferente, seja na técnica ou no conceito.

GRUFT: O que é melhor de fazer: cartum, desenho, ilustração ou pintura?

Celso Mathias : Cada estilo tem a sua beleza. Atualmente estou me voltando mais pro desenho gestual (grafite e pastel), você acaba soltando mais a mão e deixando mais exposto a sua atitude diante de uma idéia. A pintura te possibilita isso, mas nunca do jeito que um lápis, seja grafite ou pastel. Já são dez anos trabalhando praticamente todos os dias com a acrílica e é preciso respirar um pouco outros ares. Vinha fazendo isso espontaneamente com outras técnicas, mas agora estou realmente descobrindo um novo mundo.

GRUFT: Quais são seus projetos futuros?

Celso Mathias : Como falei acima, editar um livro contando um pouco as minhas experiências como ilustrador e com portfólio. Estou à procura de um editor que compre a idéia. Estou preparando uma exposição de caricaturas talvez pra esse ano ainda e outros projetos que são segredos de "estado". (risos)

Gruft: Celso, não posso deixar de te perguntar: Este planeta tem solução?

Celso Mathias : Não! O ser humano é a pior espécie que já habitou este planeta, salvo raríssimas exceções.

Gruft: Caros visitantes, este foi Celso Mathias! Agradecemos pela entrevista e pela contribuição. Por este mês é só!








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